Segundo executiva, ferrovias são responsáveis por 25% do market share do Porto de Santos
“A integração entre ferrovia e cabotagem pode reduzir o transit time das mercadorias, garante segurança, tem níveis baixos de emissão de poluentes, além de índices quase nulos de roubo de carga e avarias de mercadoria, além, claro, de reduzir filas e congestionamentos na região do Porto de Santos”, explica Elisa Figueiredo, gerente Comercial de Industrializados e Granéis da MRS.
Segundo a executiva, entre 2008 e 2015 houve crescimento de 81% na participação das ferrovias no total de cargas do Porto de Santos. Hoje, os trens respondem por cerca de 25% do volume de Santos, incluindo todas as ferrovias presentes no complexo e todos os tipos de cargas. “Sabemos da importância no nosso papel no universo de movimentação de cargas e possibilidade de utilização da cabotagem, tanto que em 2013 retomamos o caminho do crescimento”, explica ela, ressaltando ainda que a expectativa da MRS é de mais de 50% de aumento na movimentação de contêineres para 2015.
Para ela, o elemento que torna a integração entre cabotagem e ferrovia possível é o contêiner. “Sabemos o quanto a ferrovia pode contribuir e que a parceria com a cabotagem estava no radar estratégico, então desenhamos um plano de crescimento para o setor de contêineres”, ressaltou.
Figueiredo acrescenta ainda que esse avanço vem através de investimentos, estabelecimento de parcerias com terminais multimodais, aquisição de novas locomotivas e vagões e a oferta de novas rotas, “que ampliam a capacidade total de transporte, consolidando o segmento de contêineres no mix da MRS”.
Ela finaliza dizendo ainda que, neste sentido, os players também têm apostado no conceito door to door, que atende ao objetivo de integrar os modais. “Uma solução door-to-door só se sustenta com a intermodalidade”, acrescenta. A companhia, inclusive, já tem atuado em operações que saem de Manaus, vão para Santos pela cabotagem. Ali, utilizam a ferrovia da MRS para escoar as cargas no interior do estado de São Paulo. Na prática, a operação tem garantido redução de custos, de emissão de gases, reduzindo roubo e avarias das cargas.
Fonte: Guia Marítimo