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Estudos da dragagem vão ter supervisão de professor da UFRJ
24 Nov

Estudos da dragagem vão ter supervisão de professor da UFRJ

A ideia de ter um supervisor para essas pesquisas partiu do novo diretor-presidente da Codesp, José Alex Botelho de Oliva, que tomou posse no cargo no último dia 9.

Os estudos que irão avaliar os impactos da dragagem do Porto de Santos na região e, também, a possibilidade de se aprofundar ainda mais o canal de navegação do cais santista terão a supervisão de um especialista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os trabalhos, que serão elaborados por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), serão discutidos ontem, segunda-feira(23), no Rio de Janeiro.

A ideia de ter um supervisor para essas pesquisas partiu do novo diretor-presidente da Codesp, José Alex Botelho de Oliva, que tomou posse no cargo no último dia 9. Antes, a Docas não previa essa necessidade. Foi também uma iniciativa de Oliva convidar um pesquisador da UFRJ para a tarefa.

Entre as ações a serem analisadas nessas pesquisas, estão a identificação dos fatores que podem causar a erosão nas praias de Santos e, também, a elaboração de medidas para reduzir a perda de sedimentos nas faixas de areia. Estas demandas foram definidas em um acordo firmado entre a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e o Ministério Público Federal (MPF).

Os estudos também vão avaliar o impacto, inclusive nas operações portuárias, de se limitar o alargamento do trecho externo do estuário, restrição defendida pelo MPF. Simulações dos tráfegos rodoviários e ferroviários também serão feitas pelos pesquisadores da USP, mas em uma segunda etapa.

Outro ponto a ser abordado é até que medida o canal do estuário, atualmente com uma média de 15 metros, pode ser aprofundado. A questão é proposta pela iniciativa Santos 17, que reúne empresários e autoridades da região e busca o aumento da competitividade do Porto. O grupo defende o aprofundamento do canal para 17 metros, garantindo a operação de navios de maior porte e, assim, uma economia de escala mais ampla e o fortalecimento da vocação do cais santista como porto concentrador de cargas (hub port).

Esses tópicos serão debatidos amanhã pelo diretor-presidente da Docas, José Alex Botelho de Oliva, em duas reuniões que terá no Rio de Janeiro. A primeira será com o engenheiro civil Gilberto Olympio Mota Fialho, professor da UFRJ.

Empresários e autoridades defendem o aprofundamento do canal para receber navios de maiores dimensões Referência no setor, o especialista tem experiência nas áreas de Engenharia Oceânica e Engenharia de Transportes, com ênfase em Engenharia Costeira e Portuária. Ele será uma espécie de consultor da Docas, sendo responsável pela supervisão dos trabalhos da USP.

“A princípio seria isso sim, uma consultoria, mas vai depender da conversa que eu vou ter com o doutor Alex”, explicou o especialista da UFRJ.

Já no período da tarde, Oliva se reunirá com técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH). O órgão, ligado à Secretaria de Portos (SEP) também atuará nesses estudos.

Poli-USP

Na terça-feira, o diretor-presidente da Codesp se reunirá com pesquisadores da USP e do INPH, na sede da estatal, em Santos. No encontro, serão discutidas as tratativas dos trabalhos a serem feitos pela universidade.

Os estudos vão demandar a implantação de um modelo físico reduzido do Porto de Santos e de seu estuário. Nele, será possível reproduzir as características hidrodinâmicas da região, como a oscilação da maré e o movimento das ondas, o que permitirá estudar os efeitos do aprofundamento do canal de navegação e seu assoreamento.

Apesar da possibilidade de se construir o modelo físico na Cidade, há a opção de implantá-lo na Cidade Universitária, na Capital. É onde estão os simuladores computacionais necessários aos estudos lógicos e os bancos de dados da universidade sobre o estuário santista e, também, onde ficam os especialistas que os utilizam.

Segundo estimativas da USP, para a construção de um modelo em escala do Porto de Santos, é necessário um espaço com 3 mil metros quadrados. No entanto, alguns pontos ainda precisam ficar definidos, como a área de abrangência desse modelo físico e se, por exemplo, ele incluirá as praias.

Fonte: Portosenavios

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