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12 Ago

Setor naval discute agenda positiva

Além do otimismo, o Brasil precisa ter o compromisso de diminuir a burocracia

O ambiente de instabilidade econômica e política reflete-se em todos os setores produtivos do País e a indústria naval e offshore, um dos símbolos dos anos recentes de crescimento, também sofre com este período de incertezas. Para reverter este quadro, lideranças governamentais, setoriais e empresariais recorrem ao otimismo, como pôde ser visto no primeiro dia da 12ª edição da Marintec South America - Navalshore, evento único do setor de construção e manutenção naval da América do Sul, que começou nesta terça (11) e vai até quinta no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ).

“O grande desafio desta edição da Marintec South America - Navalshore é o de auxiliar o segmento a formular uma agenda positiva para os próximos anos, com o objetivo de consolidar a atividade naval no País e na América do Sul. Para isso, introduzimos novidades no modelo do evento como o Fórum de Líderes, que reúne, em um programação de debates, os principais players e lideranças setoriais e governamentais na busca de soluções para o setor”, destaca Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, responsável pela organização do evento.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro, Marco Capute, afirma que tem confiança no crescimento e também reforça o otimismo: “Estou no cargo há cinco meses e, desde então, minha agenda está carregada de reuniões com empresas que querem investir no Rio”. Ele frisa, no entanto, que é necessário ter criatividade para superar o período instável e garantir os empregos nos estaleiros. “O governo estadual não está omisso. Temos discutido um política para o setor, não só aqui mas no País”, completa.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aposta na força do setor, destaca o coordenador-geral das Indústrias Automotiva Naval, e de Equipamento de Transporte João Rossi. “Estamos acompanhando a crise, mas sabemos que o segmento naval é forte. O plano de negócios da Petrobras é robusto e está em andamento e as perspectivas são otimistas. Vamos discutir saídas e superar os desafios. A Marintec, que é o principal evento do setor, é essencial para isso”, afirma.

Além do otimismo, o Brasil precisa ter o compromisso de diminuir a burocracia, ressalta o diretor da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq), Alberto Tokarski. Ele se refere às licitações de arrendamentos de áreas portuárias, cujo o primeiro bloco está sob avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). “Gostaríamos que o processo tivesse mais celeridade, pois temos convicção de que as áreas são atrativas e vão atrair investimentos, inclusive de fora do País”, observa.

“Sou otimista, mas a indústria naval brasileira está sendo destruída pela instabilidade entre os poderes e falta de articulação do governo. Estive em vários ministérios, em Brasília, e nenhum se comprometeu a ajudar o setor neste momento de dificuldades”, desabafa o presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), Sergio Bacci.

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