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05 Ago

Governo paulista e união destinarão R$ 1 bi para a hidrovia tietê-paraná

Investimento será destinado para a proteção de pilares e pontes, além do derrocamento

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou na quarta-feira(29/07) que a hidrovia Tietê-Paraná receberá um aporte de R$ 1 bilhão do estado e da União para recomposição do nível mínimo para navegação. Segundo ele, em pouco mais de um ano, cerca de oito milhões de toneladas passaram a seguir para o Porto de Santos por meio de caminhão desde que a hidrovia foi paralisada, onerando os custos do setor produtivo.

As declarações foram dadas a jornalistas durante abertura do Circuito ExpoCorte, em Campo Grande (MS). Alckmin compareceu ao evento para assinatura de um protocolo de intenções com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, para compartilhamento de tecnologia agropecuária entre os estados.

"Nós tivemos uma seca na Região Sudeste, muito forte, no ano passado. O governo federal através do operador do sistema, a ONS, priorizou a energia elétrica, então as represas diminuíram muito", explica o líder do governo paulista. Alckmin ainda destacou que o investimento será destinado para a proteção de pilares e pontes, além do derrocamento, ou seja, aprofundamento do calado (nível de navegação) para que o transporte seja restabelecido. "Trabalhamos para subir o nível em Ilha Solteira e Três Irmãos. Deveremos ter um El Niño forte, deve chover e o mais rápido possível recompor", acrescenta.

Danos

Questionado sobre o prazo para liberação da hidrovia, o governador Alckmin ressalta que a data dependerá no volume de chuvas na região. Conforme publicado no DCI, o Movimento Pró-Logística, presidido pela presidido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), estima que a ausência da Tietê-Paraná no processo de escoamento da safra se estenda até o final deste ano e traga prejuízos na ordem de US$ 101 milhões ao setor.

O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) projeta danos financeiros em torno de R$ 700 milhões entre demissões, novos investimentos não realizados, perda de carga, encarecimento do frete, seguro para transporte e demurrage no Porto de Santos (tempo que os navios ficam parados no porto de Santos a espera das cargas). Pela dimensão do problema, a discussão sobre o retorno da navegação na hidrovia segue na Casa Civil.

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